Vôlei de Praia – masculino
Eles chegaram a Pequim desacreditados, conquistaram a vaga olímpica no último suspiro, foram à final eliminando os favoritos Ricardo e Emanuel, mas deixaram o ouro escapar. Surpresa do vôlei de praia nos Jogos de Pequim, Márcio e Fábio Luiz foram derrotados por 2 sets 1 pelos norte-americanos Rogers e Dalhausser na luta pelo título, parciais de 21/23, 21/17 e 15/4. Irregulares, Márcio e Fábio Luiz não estavam fazendo uma boa temporada pré-olímpica. Após a conquista do Mundial de 2005, a parceria caiu de rendimento nas últimas competições, ficando ameaçados pelos compatriotas Pedro Solberg e Harley, que quase ficaram com a segunda vaga olímpica a que o Brasil tinha direito — a primeira era de Ricardo e Emanuel. Ameaçados na pontuação do ranking mundial, Márcio e Fábio só carimbaram o passaporte para Pequim aos 45 minutos do segundo tempo. Na etapa de Marselha do Circuito Mundial, a parceria derrotou os próprios Solberg e Harley na semifinal, o que acabou com as esperanças dos adversários de disputarem as Olimpíadas. De quebra, a dupla medalhista de ouro/prata em Pequim levou o título da etapa francesa. Com a vaga olímpica garantida, Márcio e Fábio aterrissaram em solo chinês com o rótulo de ‘zebra’, mas, no decorrer da competição, mostraram que mereciam respeito. Na primeira partida da fase eliminatória, venceram os italianos Lione e Amore. Em seguida, porém, foram derrotados pelos austríacos Doppler e Gartmayer, e assim precisavam vencer os russos Barsuk e Kolodinskiy na última rodada. Tarefa cumprida e vaga nas oitavas-de-final garantida.
Aliviada e embalada pela conquista, a parceria verde-amarela não parou de brilhar. Na partida das oitavas, eles passaram sem dificuldades sobre os japoneses Asahi e Shiratori. No decorrer do evento, já nas quartas-de-final, derrotaram mais uma dupla da Áustria, Gosh e Horst, marcando encontro com os compatriotas e favoritos ao ouro, Ricardo e Emanuel. Com uma postura ofensiva e sem temer os fortes adversários, Márcio e Fábio se impuseram na partida das semifinais e não deram chances para os campeões olímpicos de Atenas-2004 se sobressaírem. Assim, ofuscaram o favoritismo dos adversários e garantiram presença na disputa pelo ouro. Na final, a dupla lutou, perdeu o primeiro set, empatou, levou o jogo para o tie-break, mas sucumbiu. Resultado: a prata.
Marcha atlética 50km - masculino
Em uma das provas mais cansativas do calendário olímpico, o italiano Alex Schwazer acelerou no final da prova e conseguiu na só vencer a maratona olímpica, mas bater o recorde olímpico de Vyacheslav Ivanenko, da antiga União Soviética, que perdurava desde 1988, em Seul, e que era de 3h38m29s. O italiano manteve-se em um ritmo regular durante toda a prova, mas apertou no final, conseguindo terminar prova com o tempo de 3h37m09s. Com a vitória, a Itália volta a vencer a prova depois de 44 anos, quando Abdon Pamich levou o triunfo nos Jogos de 1964, em Tóquio. A medalha de prata ficou com o australiano Jared Tallent, que terminou em 3h39m27s. O recordista mundial, o russo Denis Nizhegorodov, subiu ao pódio para o bronze depois de marchar por 3h40m14s. O brasileiro Mario José dos Santos Júnior, disputando sua segunda Olimpíadas, cruzou a linha de chegada de 33min16s depois do primeiro colocado, ficando na 41ª colocação.
Atletismo decatlo – masculino
O brasileiro Carlos Chinin foi eliminado da prova do decatlo dos Jogos Olímpicos de Pequim ao não disputar os 110 metros com barreiras. Chinin sofreu uma contratura no glúteo durante a prova do salto em distância, ainda na quarta, e vinha tendo dificuldade nas demais competições. Ele já estava mal na competição, com desempenhos ruins nas provas de arremesso de peso, salto em altura e 400m rasos.Por não ter ido à pista, ele acabou eliminado. Até a prova dos 110m, a sexta das dez que compõem a prova, ele estava na 31ª colocação geral, com 3.307 pontos. Confira a classificação geral do decatlo após seis provas realizadas.
Ginástica Rítmica
Com a apresentação de arcos (três) e marças (duas), nesta sexta-feira, a equipe brasileira de ginástica rítmica se despediu Jogos Olímpics de Pequim, Na 12ª e última colocação. As brasileiras (Daniela Leite, Luana Faro, Luisa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Tayanne Mantovaneli) erraram muito e ganharam somente 14.225 pontos, que com os 14.900 da véspera nas cordas deu a equipe um total de 29.125 pontos.
O resultado ficou bem abaixo das expectativas da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que traçou como meta superar o oitavo lugar das Olimpíadas de Sydney, em 2000. Em Atenas, há quatro anos, as brasileiras terminaram na nona colocação.
Atletismo revezamento 4 x 400m - feminino
A equipe brasileira ficou fora da final olímpica do revezamento 4x400m em Pequim. Maria Laura Almirão, Josiane Tito, Emmily Pinheiro e Lucimar Teodoro completaram sua série eliminatória em 3min30s10, na sexta posição. Na classificação geral, as brasileiras ficaram com o 13º tempo entre as 16 equipes - somente as oito primeiras continuam na disputa por medalhas.
O melhor tempo das eliminatórias foi da equipe norte-americana, que completou a prova em 3min22s45, em sua melhor marca na temporada. A Jamaica ficou na segunda posição, e a Bielo-Rússia terminou com a terceira melhor marca.
Atletismo 4 x 100m medlei - masculino
A Jamaica voltou a dar show nas pistas do Estádio Ninho de Pássaro nos Jogos Olímpicos de Pequim. Campeã dos 100m e 200m com Usain Bolt, batendo o recorde mundial, no revezamento 4x100m não foi diferente. O quarteto jamaicano garantiu o ouro abaixando o recorde do mundo para 37s10. A marca anterior era de 37s40, pertencente aos Estados Unidos desde 1993. A equipe brasileira terminou em quarto lugar com a marca de 38s24, sua melhor na temporada. A prova masculina teve ar de déjà vue para o Brasil. Minutos antes, o 4x100m feminino terminou em quarto, fazendo seu melhor tempo no ano, mas ficou a 0s10 do bronze. Os rapazes ficaram ainda mais próximos da terceira colocação. Apenas 0s9 separaram o Brasil do Japão com 38s15. A prata é de Trinidad e Tobago com 38s06. Vice-campeões olímpicos, os Estados Unidos não passaram da semifinal pois foram eliminados pela queda do bastão na passagem.
Por pouco no feminino
O grupo feminino do Brasil, que havia ficado em quinto lugar na etapa de classificação, ficou atrás da campeã Rússia, da Bélgica e da Nigéria. Por muito pouco não conseguiu a medalha. A equipe brasileira completou o revezamento com o tempo de 43s14, seu melhor na temporada. As russas marcaram 42s31, com a belgas fazendo 42s54.
Pentatlo moderno – feminino
A alemã Lena Schoneborn, de 22 anos, conquistou nesta sexta-feira a medalha de ouro no pentatlo moderno na Olimpíada de Pequim. Ela liderou a competição - que reúne tiro, esgrima, natação, hipismo e corrida - desde a segunda prova. A medalha de prata ficou com a britânica Heather Fell, que terminou a corrida de 3.000 metros, última etapa da prova, a 10s de Schoneborn. A ucraniana Victoria Tereshuk conquistou o bronze, fechando o pódio. A brasileira Yane Marques terminou a disputa na 18ª posição, depois de um ótimo início. A fraca performance no hipismo, quarta prova do programa da competição, foi decisiva para a queda de Yane na classificação.
Ela chegou à prova de saltos em sexto lugar, mas caiu para 15º. Na corrida, perdeu mais três posições. Mesmo assim, o desempenho de Yane pode ser considerado bom. Entre as atletas superadas por ela está a húngara Zsuzsanna Voros, atual campeã olímpica, que ficou apenas na 20ª colocação.
Salto ornamentais
Os brasileiros Hugo Parisi e Cassius Duran ficaram fora da final da prova da plataforma de 10 metros masculina dos Jogos Olímpicos de Pequim, no Cubo Aquático. Parisi foi o melhor ao fazer uma nota de 412.95 e ficar em 19º lugar, enquanto Cassius Duran acabou em 24º, com 389.65.
O melhor das eliminatórias foi o chinês Luxin Zhou, com 539.80, seguido do australiano Matthew Mitcham (509.60) e do russo Gleb Galperin (499.95).
Atletismo salto em distancia
Maurren Higa Maggi – medalha de ouro
Sete metros e quatro centímetros é o tamanho da distância percorrida por Maurren Higa Maggi nos últimos oito anos. Desde os Jogos de Sydney em 2000, quando terminou em 25º lugar, passando pela suspensão por doping que inviabilizou sua participação em Atenas 2004, até chegar ao topo do pódio em Pequim 2008, foram anos de treinamento e superação desta paulista que, aos 32 anos, chega ao momento máximo da carreira de qualquer atleta. Maurren sabe que fez história. É dela a primeira medalha de ouro de uma mulher brasileira em disputas individuais em toda a história. "Esta conquista é para mim e para todas as mulheres também", afirmou. É também a quarta medalha de ouro brasileira em todos os tempos no atletismo. Ela entra para um time de campeões olímpicos do atletismo brasileiro que até hoje contava com apenas dois membros: Adhemar Ferreira da Silva (52 e 56) e Joaquim Cruz (84). "Eu nunca pensei que voltaria a competir em alto nível, muito menos ganhar uma medalha de ouro olímpica", revelou, lembrando do episódio em que foi suspensa por doping. Para alcançar todos estes feitos na mesma noite, Maggi precisou de apenas um salto. Logo na sua primeira tentativa, chamou a torcida que a embalou com palmas e saltou seu melhor resultado no ano com 7,04m, marca que não foi batida até o final da prova. "Eu fiz um salto seguro, mas não perfeito. Eu tinha mais e fiquei concentrada até o fim se precisasse dar outro", revelou. "Mas foi bom que colocou uma pressão nas adversárias".
Vôlei - masculino
Em um dos principais clássicos do voleibol mundial, mais uma vez quem se deu meljor foi a seleção brasileira masculina de vôlei. Nesta sexta-feira, a equipe do técnico Bernardinho virou a semifinal contra a Itália e garantiu uma vaga na decisão dos Jogos de Pequim ao bater os rivais por 3 sets a 1, parciais de 19/25, 25/18, 25/21 e 25/22. Depois de começar jogando muito mal, permitindo que o oposto italiano Mauro Gavotto passeasse em quadra, o Brasil manteve a escrita de jamais ter perdido para os tradicionais rivais na história das Olimpíadas - as duas equipes, inclusive, se encontraram na decisão dos Jogos de Atenas, em 2004 com vitória verde-amarela por 3 sets a 1.
Buscando de volta seu espaço no cenário internacional depois de viver uma profunda crise no último ciclo olímpico, a Itália chegou à semifinal em Pequim longe da condição de favorita. Com isso, impôs muitas dificuldades aos brasileiros, que mais uma vez em Pequim não jogaram tudo o que são capazes.
Ainda assim, mas na base do sufoco, a seleção nacional conseguiu se classificar para a quarta decisão olímpica em sua história (perdeu apenas em 1984). Méritos para o técnico Bernardinho, que soube tirar um apagado Dante na hora exata, ainda no segundo set, dando mais uma chance para o vibrante Murilo, resposável por um bloqueio decisivo na reta final do quarto set, quando a Itália tinha o contra-ataque para empatar em 20 a 20.
O Brasil ainda pôde contar com a falta de sorte da equipe italiana, que perdeu um de seus melhores atletas, Luigi Mastrangelo, durante a partida. No terceiro set, ele caiu em cima do pé de Alberto Cisolla e sofreu uma lesão no tornozelo. Gavotto também passou a ser melhor marcado e acabou substituído por um baleado Alessandro Fei, longe de sua melhor forma porque ainda se recupera de uma contusão.
Futebol – masculino
A Seleção brasileira de Futebol juntou os cacos após a goleada sofrida para a Argentina e se despediu dos Jogos Olímpicos de Pequim com a medalha de bronze no futebol masculino. Nesta sexta-feira, o time de Dunga venceu a Bélgica por 3 a 0, em Xangai, e terminou o torneio em terceiro lugar. Os gols de Diego e Jô (dois) garantiram a quarta medalha do Brasil no futebol masculino. Em 1984 e 1988, a equipe pentacampeã mundial ficou com a prata. Em 1996, o time também foi bronze. O futebol tem outras duas premiações em Jogos, mas com as mulheres: prata em 2004 e 2008.
Dorta