Brasil 3 x 1 Nigéria
A seleção brasileira garantiu o primeiro lugar do grupo F do torneio feminino de futebol, nesta terça-feira, ao derrotar a Nigéria, de virada, por 3 a 1. O Brasil não apresentou um bom futebol, mas contou com uma tarde inspirada de Cristiane para chegar ao triunfo. Classificado na primeira colocação, nas quartas-de-final, o Brasil enfrenta o segundo colocado do grupo G, a Noruega, na próxima sexta-feira, 15 de agosto, às 7 horas (de Brasília).
Apesar de não demonstrar um bom futebol, fato devido, em grande parte, ao baixo rendimento de sua principal estrela, a meia-atacante Marta, o Brasil administrou o resultado e garantiu o primeiro lugar do grupo F..
Tiago Camilo, Medalha de Bronze Pequim 2008
Tiago Camilo fez o percurso que todos os judocas trilham assim que deixam a arena de judô da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim. Antes de irem para o vestiário, eles passam pela zona mista, uma área reservada aos repórteres. Lá, conversam com os jornalistas, ávidos por declarações para poder cumprir mais uma etapa de seus trabalhos.
O brasileiro, que tinha acabado de conquistar sua segunda medalha em Olimpíadas – a outra foi de prata, em Sydney-2000 –, chegou chorando. E muito. Entre suas primeiras declarações, disse: “Há uma parábola da Bíblia que fala sobre dois fazendeiros que oram a Deus pedindo para chover no campo deles, pois fazia muito tempo que não chovia. Mas apenas um deles preparou a terra para a chuva”.
Tiago dá uma "conferida" na medalha, a terceira do Brasil naOlimpíada
Pastor da Igreja Batista da cidade de Albany, interior da Georgia, um dos 50 Estados norte-americanos, Alex Kendrick escreveu e dirigiu em 2006 o filme “Desafiando Gigantes”, que conta a história de um decadente treinador de futebol americano. Ele dirige o Shiloh Eagles, time de uma escola de segundo grau de uma cidadezinha no interior da Georgia e que é saco de pancada de todo mundo.
Grant Taylor, o tal treinador, trabalhava havia seis anos no colégio. Sem resultados, passou a ser chamado pela comunidade local de “looser” (perdedor). Em casa, a situação não era muito melhor. A mulher queria desesperadamente um filho. Depois de muitos exames, descobriu-se que ele era estéril.
Impotente para resolver os dois problemas, estava na marca do pênalti em casa e na escola. Eis que de repente surge um misterioso personagem que o desafia a acreditar no poder da fé para transformar sua vida. E a Bíblia passa a ser a resposta para todos os seus problemas.
“Esse filme me tocou muito”, disse Tiago. “Foi a mãe do João (Derly) que tinha me indicado. Fazia tempo que eu estava com o DVD na mala, mas ele não rodava. Ontem ele rodou”.
E quando Tiago assistiu ao filme, um outro veio à sua mente: o episódio de 2004, quando ele acabou sendo eliminado no momento derradeiro dos Jogos de Atenas ao perder uma seletiva para Flavio Canto de maneira duvidosa. Tiago jamais se conformou com o ocorrido. Foi punido nos segundos finais da luta derradeira, que vencia, por falta de combatividade. A punição acabou custando-lhe a vaga olímpica.
A parábola tem tudo a ver com o que aconteceu nesses últimos quatro anos. Tiago pediu a Deus para que chovesse em sua terra e preparou-se como nunca para este momento. “A vitória não cai do céu, ela vem do céu”, ensina nosso medalhista, que se diz Cristão, mas não seguidor de nenhuma Igreja.
Deus fez chover na terra de Tiago, mas ele quase não aproveitou a chuva. A derrota para o alemão Ole Bischof, na terceira luta, foi um golpe pelo que ele não esperava receber jamais. Isso porque, campeão mundial e eleito o melhor judoca da Copa do Mundo realizada no Rio de Janeiro, no ano passado, Tiago esperava colher uma medalha de ouro. Qualquer outra seria fruto indesejado.
Tiago estava arrasado no vestiário após a derrota. Chorava muito. Foi até a pia lavar o rosto, olhou no espelho, lembrou de todo o esforço dos últimos quatro anos, mas não conseguia encontrar forças para sair do atoleiro em que se encontrava.
Perto a ele estava Nei Wilson, chefe da equipe de judocas do Brasil. O telefone celular de Wilson estava no bolso da calça do agasalho quando tocou. O som era abafado, mas audível. Do outro lado da linha estava Chicão, irmão de Tiago, judoca como ele, que se encontra no Brasil.
“Ele falou muita coisa para mim, dos quatro anos de preparação, da nossa família e das pessoas que estavam acordadas no Brasil torcendo por mim”, contou Tiago. “Depois, me disse que medalha olímpica não tem cor. O que ela tem é nome. Aquilo me tocou muito”.
Tiago voltou ao tatame e chegou à medalha. Queria o ouro, é claro, preparou-se para isso, mas feliz ficou com o bronze. Depois da luta, voltou a falar pelo telefone com o irmão. E agradeceu pelas palavras enviadas pelo celular.
Assim como o misterioso personagem surge de repente e ajuda o técnico Grant Taylor a sair do buraco em que ele se encontrava, Chicão surgiu através do celular do chefe da equipe para ajudar o irmão Tiago a sair do buraco em que estava se enfiando.
Ketleyn Quadros, Judoca medalha se Bronze. Pequim 2008
Tinha apenas oito anos de idade quando a mãe, todos os dias, a deixava no Sesi de Ceilândia, cidade satélite de Brasília, onde nasceu; mas para fazer natação. O caminho até a piscina do clube passava pela sala do judô. A menininha ficava impressionada com a beleza do esporte e parava para ver o pessoal lutando. Gostava tanto do que via que ali ficava. E acabava por perder a aula de natação.
Como sempre fez o que quis, não sossegou enquanto não convenceu a mãe a trocar de esporte. Rosimeire, a mãe, deixou, mas a contragosto. E usou a seguinte tática para devolver a menina à natação: vai, minha filha, mas quimono que é bom eu não te compro. Ou melhor, pra não ser tão severa com a filha, comprou um, mas de saco, achando que a filha iria desistir com a feiúra do uniforme.
Mas como Ketleyn não sabe o que é ser infeliz, nem ligou. Vestiu o quimono de saco e foi para a primeira aula de judô.
O resto é história e todos, neste momento, sabemos de cor. Ketleyn conquistou a primeira medalha olímpica feminina no judô.
Leandro Guilheiro, Medalha de Bronze Pequim 2008
O judô brasileiro conquistou outro bronze. Foi com Leandro Guilheiro, que subiu ao pódio nesta segunda-feira como terceiro colocado na categoria leve (até 73kg).
Aos 25 anos, o judoca paulista Leandro Guilheiro repetiu, assim, o resultado que tinha conseguido na Olimpíada de Atenas, em 2004, quando também conquistou a medalha de bronze. O resultado dele ainda transformou o judô no esporte que mais medalhas olímpicas ganhou para o Brasil, com as mesmas 14 da vela.
Dessa vez, para chegar à medalha, Leandro disputou seis lutas nesta segunda-feira. Começou com duas vitórias seguidas, sobre o argentino Mariano Daniel Bertolotti e o sul-africano Marlon August. Aí, sofreu sua única derrota, para o sul-coreano Kichun Wang. Com isso, ele passou para a repescagem, quando venceu o usbeque Shokir Muminov e o ucraniano Gennadii Bilodid.
Na luta válida pela medalha, Leandro enfrentou o iraniano Ali Malomat e conseguiu uma vitória arrasadora: em apenas 23 segundos, aplicou um ippon e conquistou o bronze.
Brasil 2 x 0 Áustria, vôlei de praia
Renata e Talita não deram chance para outra dupla Austríacas . Na manhã desta terça-feira (noite na China), as duas passaram pelas irmãs Stefanie e Doris Schwaiger por 2 sets a 0, parciais de 21/18 e 21/19.
Desta forma, Renata e Talita asseguraram antecipadamente classificação para as oitavas-de-final dos Jogos. As duas voltam à quadra nesta quinta-feira para encarar Karantasiou/Arvaniti, da Grécia. A partida pode definir a primeira posição no grupo F para as representantes nacionais.
Dorta