A Vila de Mídia Olímpica foi aberta nesta sexta feira para os 21.600 jornalistas nacionais e estrangeiros credenciados, em meio às preocupações de alguns meios de comunicação estrangeiros sobre a cobertura noticiosa livre na China.
Cerca de 30 mil jornalistas deverão cobrir os Jogos, um recorde na história olímpica, implicando também um número recorde de audiência na história.
No início deste mês, o vice-presidente chinês, Xi Jinping, apontou o bom serviço para a mídia como uma das oito tarefas prioritárias nos últimos preparativos para a Olimpíada de Pequim.
Pequim abriu já três centros de mídia: o Centro de Imprensa Principal (MPC, em inglês), o Centro de Transmissão Internacional (BIMC, em inglês) e o Centro de Mídia Internacional de Pequim (BIMC, em inglês).
Nos primeiros 12 dias, 23 entrevistas coletivas foram realizadas no MPC e BIMC.
Cerca de 150 mil manuais sobre China e Olimpíada em 19 idiomas foram distribuídos. Funcionários do BIMC receberam e processaram mais de 200 solicitações para realizar entrevistas, metade das quais da mídia estrangeira.
Embora as preocupações sobre cobertura noticiosa livre permaneçam, o jornalismo na China experimentou mudanças notáveis.
Uma regulamentação sobre atividades de cobertura noticiosa na China por parte da mídia estrangeria antes e durante os Jogos Olímpicos de Pequim anulou, desde janeiro de 2007, diversas regras sobre jornalistas estrangeiros. Eles não precisam mais de aprovação do governo local para fazer entrevistas e necessitam apenas o consentimento dos entrevistados.
As autoridades são pedidas para cooperar com a mídia mesmo quando as entrevistas envolverem assuntos sensíveis, tais como proteção ambiental, AIDS e deslocamento de moradores para projetos imobiliários.
"Podemos considerar a Olimpíada como uma chance de impulsionar o país a se abrir à mídia global", disse Ren Zhanjiang, reitor do Departamento de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Ciências Políticas da Juventude da China.
Algumas mudanças continuarão depois dos Jogos. Em abril de 2007, o governo chinês emitiu uma regulamentação segundo a qual as administrações devem divulgar informações que o público em geral deva conhecer. A lei sobre reações a emergências, adotada em agosto de 2007, tirou um artigo de seu projeto que proibia a mídia de publicar notícias sobre emergências sem a permissão das autoridades

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