Futebol feminino
Brasil 0 x 0 EUA. – 0 x 1 na prorrogação
Mais uma vez morreu em uma final decidida na prorrogação diante dos Estados Unidos a chance do ouro olímpico no futebol feminino brasileiro. Com um gol de Lloyd marcado logo no início do tempo extra, as norte-americanas derrotaram Marta e cia. por 1 a 0 e levaram o tricampeonato na China. As brasileiras, como em Atenas-04, tiveram de se contentar com a prata. A vitória ainda representou uma vingança para as norte-americanas. Desde a semifinal da última Copa do Mundo, em 2007, que a seleção dos Estados Unidos estava engasgada com a goleada que as tiraram da decisão com a Alemanha. Antes do início dos Jogos de Pequim, parte das jogadoras chegaram a gravar uma propaganda em que desafiavam as brasileiras para uma revanche. Nesta quinta-feira, conseguiram vingança. Atuais vice-campeãs mundiais e olímpicas, as brasileiras pisaram no gramado do Estádio dos Trabalhadores carregando pela primeira vez o peso do favoritismo em uma decisão e não conseguiram resistir. A equipe ainda trazia consigo a responsabilidade de apagar o fiasco do time masculino. As estrelas de Dunga também morreram na praia, ao sofrerem 3 a 0 diante da Argentina pelas semifinais.
Atletismo salto triplo - masculino
Jadel Gregório, Salto triplo
Um dos favoritos a ocupar um lugar no pódio do salto triplo, Jadel Gregório piorou em uma posição a quinta colocação de Atenas-2004 e ficou longe da sua primeira medalha olímpica. Nesta quinta-feira, no Ninho de Pássaro, o vice-campeão mundial não deu mostras da qualidade que o levou a quebrar o recorde sul-americano em 2007 e voltou a decepcionar.Após ficar apenas na sexta colocação da final olímpica do salto triplo, o brasileiro Jadel Gregório não conseguiu esconder a decepção pelo resultado, ainda pior do que o quinto lugar em Atenas-2004. Com apenas 17,20 m, o paranaense não chegou perto das medalhas e viu o português Nélson Évora, seu algoz no Mundial de 2007, quando ficou com a prata, ser o campeão.Primeiramente, o triplista passou a zona de imprensa sem querer dar declarações. "Não consigo falar", limitou-se a dizer. Depois, caiu no choro, lamentando a decepção, uma vez que, assim como há quatro anos, chegou como um dos favoritos à medalha. Desta vez, ele conta inclusive com a melhor marca da atualidade, com o recorde sul-americano de 17,90 m.
Na volta dos vestiários, o atleta não conseguiu dar explicações para mais um revés. "Não foi o que eu esperava e não foi o que o Brasil esperava", admitiu ele. "As coisas não aconteceram do jeito que a gente queria, mas o Jadel é novo", completou o triplista de 27 anos."Eu trabalhei o ano todo, me sacrifiquei, mas não sei o que aconteceu", lamentou, sem saber dizer qual foi o problema em seus saltos. "Ainda vou ver o vídeo da prova para analisar onde errei. Mas não senti a pressão e não foi um trauma. Foi apenas um resultado que não saiu".
Vôlei feminino
Brasil 3 x 0 China
Depois de quatro tentativas frustradas, o Brasil finalmente superou o trauma de semifinais de Jogos Olímpicos. Nesta quinta-feira, no Ginásio Capital, a equipe feminina derrotou a China por 3 sets a 0, com parciais de 27-25, 25-22 e 25-14, e se classificou pela primeira vez para uma decisão olímpica. Na final do campeonato, às 9h do próximo sábado (horário de Brasília), a equipe do técnico José Roberto Guimarães vai enfrentar os Estados Unidos. China e Cuba vão jogar pela medalha de bronze. Desde os Jogos de Barcelona-1992, o Brasil bate na trave da final olímpica. Na Espanha, a seleção ficou em quarto lugar, depois de perder a semifinal para a CEI (Comunidade dos Estados Independentes, que reunia as ex-repúblicas soviéticas). Em Atlanta-1996 e Sydney-2000, o time perdeu para Cuba nas semifinais e acabou com o bronze. Já em Atenas-2004, o Brasil caiu em uma semifinal histórica contra a Rússia, levando a virada depois de estar vencendo por 24-19 no quarto set. Na ocasião, a equipe também era dirigida por José Roberto Guimarães.
Nesta quinta-feira, o Brasil fez uma exibição de gala para chegar à final. A seleção literalmente calou o Ginásio Capital, que se pintou de vermelho para ver as donas da casa, campeãs no vôlei feminino em Atenas.
Vela classe star
Torben/Prada medalha de prata
Na classe que consagrou Torben Grael, o maior atleta olímpico brasileiro, Robert Scheidt superou nesta quinta-feira um recorde do veterano velejador. O paulista conquistou a medalha de prata na classe Star, ao lado de Bruno Prada, nas Olimpíadas de Pequim, seu quarto pódio em quatro edições dos Jogos consecutivas.Antes de Scheidt, nenhum atleta tinha alcançado tal feito. Torben Grael, brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas, foi cinco vezes ao pódio, mas em seis edições. Até Barcelona-1992, o bicampeão olímpico tinha uma prata (na classe Soling, em Los Angeles-1984, com Daniel Adler e Ronald Senft) e um bronze (na Star, com Nelson Falcão, em Seul-1988). Sem ir ao pódio em Barcelona, voltou em Atlanta-1996 e levou seu primeiro ouro, na Star com Marcelo Ferreira. Em Sydney-2000 foi bronze e em Atenas-2004, voltou a ser campeão olímpico. A trajetória de Scheidt nos Jogos Olímpicos impressiona. Em Atlanta-1996, aos 23 anos, já campeão mundial da classe Laser, conquistou a medalha de ouro, surpreendendo quem não o conhecia no Brasil. Em Sydney-2000, perdeu para sua nêmesis, o britânico Ben Ainslie, e ficou com a prata. Quatro anos depois, em Atenas-2004, já pensando em mudar para a Star, tornou-se bicampeão olímpico. Após as três medalhas no pequeno Laser, e oito títulos mundiais, em 2006 Scheidt resolveu migrar, definitivamente, para o Star. Os ajustes para a nova classe foram grandes. Primeiro, deixar o individualismo de lado e passar a velejar com um parceiro. O escolhido foi o amigo de infância Bruno Prada, medalhista pan-americano. Com a dupla formada, a preparação foi intensa, exatamente a característica que sempre marcou Scheidt na Laser. Em 2006, sua primeira temporada totalmente dedicada ao novo barco, terminou como líder do ranking mundial, após ficar entre os dez primeiros na maioria das regatas que disputou no exterior. No ano seguinte, conquistou o título do Mundial da Isaf (Federação Internacional de Vela), em Cascais, e garantiu a classificação olímpica para o Brasil. Foi também em 2007 que Torben Grael anunciou que não iria fazer campanha olímpica, para dar sua segunda volta ao mundo, desta vez a bordo do barco sueco Ericsson. O caminho estava livre para Scheidt e Prada assumirem, de vez, a vaga de principal dupla da classe Star no Brasil.
Ginástica Rítmica
Apresentação com cinco cordas
O alto nível das apresentações em Pequim deixou o Brasil na lanterna depois da competição com cinco cordas nesta quinta-feira. Com uma nota muito baixa, 14,900, as brasileiras precisam se superar na apresentação com arcos e maças para ir à final de conjunto, no próximo domingo.A surpresa ficou por conta da equipe de Belarus, que terminou na primeira colocação com a nota 17,525, deixando para trás equipes favoritas como a atual campeã olímpica Rússia e a forte Itália. A China, na segunda posição, também surpreendeu a todos por não estar cotada entre as melhores.
Atletismo revezamento 4x100m raso – masculino
O Brasil não teve um bom desempenho, mas conseguiu a classificação no revezamento 4 x 100 m rasos, nesta quinta-feira. Correndo no Ninho de Pássaro com José Carlos Moreira, Bruno Tenório, Vicente Lenílson e Sandro Viana, respectivamente, a equipe foi a quarta colocada na primeira bateria, contando com erros dos adversários. Com 39s01, passaram à final com a oitava e última marca. Darvis Patton deixou o bastão cair ao tentar passar para Tyson Gay, O Brasil começou mal a prova e, na última troca de bastão, sustentava apenas a última posição. No entanto, Sandro Viana, que fechou a prova, acabou beneficiado por derrubadas de bastão para acabar na quarta colocação - os outros quatro países acabaram desqualificados. A primeira colocação foi para Trinidad e Tobago, que fechou em 38s26. Na segunda bateria, a Jamaica não contou com sua maior estrela, Usain Bolt. Ele foi poupado para a final, mas o país não teve problemas para dominar sua série, fechando em 38s31, com a última corrida sendo do ex-recordista mundial Asafa Powell. As surpresas da noite em Pequim aconteceram na bateria dos brasileiros e ficaram marcadas principalmente pela falha de Tyson Gay, que deixou os Estados Unidos fora da final. Na passagem de Darvis Patton para Tyson fechar a série, o velocista deixou o bastão cair e deu um amargo adeus aos Jogos. Além da eliminação precoce no revezamento, ele nem chegou à final dos 100 m rasos. Os quartetos da Nigéria, Polônia e África do Sul também falharam nas trocas.
Revezamento 4x100m raso - feminino
Ao contrário do revezamento masculino que precisou do critério de tempo para se classificar, o 4x100m feminino fez bonito em sua bateria eliminatória e garantiu a terceira colocação com 43s38. Os três primeiros colocados de cada bateria seguem para a final. As brasileiras terminaram a prova atrás da Bélgica (42s92) e da Grã-Bretanha (43s02).
Hipismo
Rodrigo Pessoa
O hipismo brasileiro terminou os Jogos Olímpicos sem medalha, algo inédito desde 1996 para o país. Rodrigo Pessoa esteve em todas as conquistas desde Atlanta. Nesta quinta, ele chegou a ficar perto do bronze, mas terminou sem o pódio em Hong Kong e no quinto lugar na prova individual dos saltos.Pessoa teve a chance de medalha no desempate com mais seis conjuntos. Com Rufus, ele zerou o percurso decisivo, mas fez em 37s04, tempo maior que Beezie Madden, dos EUA, que ficou com o terceiro lugar do pódio. O Brasil foi medalhista por equipes em Atlanta-1996 e Sydney-2000. Em 2004, na Grécia, Pessoa ficou com o primeiro lugar no individual. Em 2008, o time teve problemas com o cavalo de Doda, excluído antes da competição por contusão, e de Bernado Alves, antes da final, eliminado no exame antidoping. A final foi dividida em duas etapas nesta quinta-feira. A última, mais difícil, definiria o pódio olímpico. O primeiro a zerar na decisão foi o alemão Ludger Beerbaum. Mais tarde, Meredith Michaels-Beerbaum, outro conjunto alemão, também não cometeu erros e ficou como líder. Rodrigo Pessoa entrou na pista e saltou bem com o Rufus no segundo percurso. Ele fez o tempo de 77s58 e permaneceu apenas com os quatro pontos da primeira etapa da final, empatando com os alemães. Já Camila Mazza, que foi o primeiro conjunto do zerados na primeira etapa a saltar, cometeu duas faltas, somando oito pontos e já ficou fora da briga pelo pódio. A partir daí, Pessoa, assim como fez em 2004, começou a torcer pelos erros dos rivais. Só assim teria chance de chegar ao pódio. O ginete precisava que nove cavaleiros errassem pelo menos um obstáculo para brigar pela medalha olímpica. Neste momento da prova, uma interrupção de 10 minutos deixou o cavaleiro na expectativa. A paralisação ocorreu por causa de um problema no obstáculo oxer.Contraditoriamente, o sueco Rolf-Goran Bengtsson não sentiu a parada, saltou logo em seguida e tirou a chance da repetição do ouro de Pessoa. Ele zerou o seu percurso e, como tinha zerado na primeira etapa, se encaminhou para o pódio. O mesmo fez Eric Lamaze, do Canadá, que decidiu o ouro em um desempate contra o europeu. Lamaze, bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2007, acabou com ouro depois de fazer em menos tempo a disputa com Bengtsson.
Atletismo marcha atlética 20 k – feminino
A brasileira Tânia Regina Spindler não conteve o choro ao entrar hoje no Estádio Nacional para o trecho final da marcha atlética de 20 quilômetros. Em sua primeira experiência olímpica, aos 31 anos, Tânia estava na 37ª posição, e disse ter contemplado "o estádio cheio e todo mundo observando".
A brasileira tardou 1h36min46 em cruzar a linha de chegada, e reconheceu que a prova "foi muito mais difícil que o esperado". "Tivemos de enfrentar as condições meteorológicas. Houve muita umidade, chuva e calor. Tudo ficou mais complicado. Mas a experiência compensou isso", afirmou Tânia à Agência Efe.
A atleta brasileira, 30ª colocada no Mundial de Osaka de 2007, revelou que demorou para entrar no ritmo da competição em Pequim. "O ritmo estava muito alto e demorei para encontrar o passo adequado", completou.Não posso dizer um só momento no qual me encontrasse mal. A prova foi difícil durante todo o percurso. Mas houve alguns momentos em que eu não sabia o que fazer. Não era capaz de manter o passo", acrescentou.
Após a prova, Tânia não escondeu sua satisfação por ter vivido sua estréia em Jogos Olímpicos.os Jogos Olímpicos são diferentes de qualquer outra competição.
Todas as grandes concorrentes saem com tudo, em busca do sucesso.
Para mim foi um momento de sonho, porque estava ao lado das grandes campeãs, em um evento inigualável", admitiu a atleta. A brasileira disse ter buscado durante a prova motivação em sua família. Buscava um estímulo e que o pensamento me aproximasse deles, e também do meu treinador e dos patrocinadores. Tudo estava na minha cabeça", disse Tânia. Quanto ao resultado, a atleta disse ter atingido uma. marca pessoal muito boa, Isso é uma recompensa ao esforço. Valeu a pena", concluiu.
Canoagem C-1 500m velocidade
O brasileiro Nivalter Santos e o alemão Andréas Dittmer, campeão olímpico em Atenas-2004, não conseguiram a classificação para a final do C1 500 m, prova de velocidade da canoagem. Nivalter ficou com a sétima colocação na semifinal, cravando a marca de 1min56s139. Já Dittmer chegou na quarta posição, uma atrás da zona de classificação para a final.Os três classificados desta bateria para a final foram o ucraniano Iurii Cheban, primeiro colocado, o francês Mathieu Goubel e o chinês Quiang Li.
Em sua primeira Olimpíada, além do C1 500 m, o brasileiro Nivalter Santos também disputou o C1 1000m, mas também acabou eliminado na semifinal.
Natação – maratona aquática 10 km masculino
Com uma arrancada no último quilômetro de prova, o holandês Maarten van der Weijden venceu a primeira maratona aquática masculina da história dos Jogos Olímpicos. Ele completou o percurso de 10 km em 1h51min51s6, superando o britânico David Davies e o alemão Thomas Lurz, medalhistas de prata e de bronze, respectivamente. Já baiano Allan do Carmo, de 19 anos, ficou na 14ª colocação, com o tempo de 1h52min16s6. O brasileiro terminou duas posições à frente do grego Spyridon Gianniotis, que chegou a liderar a prova no final, mas perdeu o fôlego e se distanciou.
Outro que decepcionou foi o russo Vladmir Dyatchin. Líder do ranking mundial de maratona aquática da Federação Internacional de Natação (Fina) em 2007, ele acabou desclassificado. Já o húngaro Csaba Gercsak abandonou a competição.
Atletismo decatlo
Único decatleta brasileiro nos Jogos Olímpico de Pequim Carlos Chinin chegou em quinto lugar nesta quarta-feira na sua bateria dos 100m raso, prova que abre as disputas da modalidade. Chinin fez o tempo de 10s99 e somou 863 pontos, ocupando a partir de agora a 13ª colocação geral do decatlo. Carlos Chinin não teve um bom rendimento no salto em distância, segunda prova da modalidade nesta quinta-feira, Chinin fez apenas o 18º salto, com 6,94m, somando 799 pontos. Com este resultado, o brasileiro cai da 13ª para a 21ª colocação geral, com 1.662 pontos. Na terceira prova do dia, Chinin queimou todas as suas tentativas no arremesso de peso, conseguindo apenas a pontuação mínima e ficando em último no seu grupo. Com o resultado, Carlo Chinin caiu para a 36ª colocação no geral do decatlo, ficando a frente apenas do uzbeque Vitaliy Smirnov.
Taekwondo – feminino
Debora Nunes foi derrotada nas quartas-de-final da categoria até 57kg do torneio de taekwondo destes Jogos Olímpico. após ser beneficiada com a ausência de sua adversária na primeira luta, Debora permitiu o empate no tempo normal (2 a 2) e acabou derrotada pela croata Martina Zubcic no golden score, quando o primeiro que pontuar vence. Como a croata foi derrotada pela turca Azize Tanrikulu na semifinal, a brasileira está fora dos Jogos Olímpicos. Apesar do resultado, Debora Nunes começou bem na luta, trabalhando no contragolpe e fazendo os dois primeiros pontos, aproveitando que sua adversária subia muito a perna esquerda quando atacava. A reação croata começou no segundo round. Correndo atrás do placar, Zubcic continuou mais ofensiva e acabou fazendo seu primeiro ponto no fim do round. Apática, Debora ainda foi punida por falta de combatividade, correndo o risco de sofrer uma nova punição e perder outro ponto, o que empataria a luta. apatia da brasileira continuou no terceiro round, com Debora recuando muito e esperando a adversária para contragolpear. Faltando 12 segundos para o fim da luta, veio o empate. Aproveitando uma escorregada da brasileira, Zubcic soltou dois chutes, com um deles sendo computado, igualando o placar em 2 a 2. Embalada, Martina Zubcic entrou com tudo no tempo extra e no primeiro chute resolveu a luta, com apenas 1s de prorrogação.
Dorta