Cerimonia de abertura para olimpíadas 2008

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A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, realizada no Estádio Ninho de Pássaro, na manhã deste sábado, contou com a presença de mais de quatro mil atletas, vindos de 147 países e regiões e encantou o público com um show de fogos e efeitos especiais.

A parte artística do evento contou também com a participação do público, que recebeu lanternas e foi o responsável pelos pontos de luz ao redor do estádio.

Os fogos de artifício, espetáculo à parte, representaram a imagem do universo em várias cores e desenharam o emblema da Paraolimpíada. Também foram formadas imagens de números e formas geométricas, como trapézios e pirâmides.

Com apresentações de bailarinos portadores de diversos tipos de deficiência, o espetáculo emocionou a platéia pela beleza e precisão nos movimentos, além do show pirotécnico ao som de cantores chineses, também deficientes.

Ao final, o presidente da China, Hu Jintao, abriu oficialmente a Paraolimpíada de Pequim, seguido pelo hasteamento da bandeira do país e do Comitê Paraolímpico Internacional (CPI). Para cumprir o protocolo oficial, os atletas e árbitros chineses fizeram um juramento em frente ao símbolo do evento.

A tocha, bastante aguardada, foi trazida por Jin Jing, uma atleta chinesa da esgrima, e repassado para outros três, antes de chegar à quinta portadora, uma esportista cega.

Ela então repassou a tocha ao último portador, Hou Bin, tricampeão paraolímpico do salto em altura. Erguendo sua cadeira de rodas por um sistema de cordas, ele acendeu a pira olímpica, provocando grande comoção por parte do público presente no estádio e finalizando a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos.

No total, foram gastas 180 horas na gravação da música da Cerimônia de Abertura, que totalizou 98 minutos e 21 segundos. Para a iluminação, foram usadas um total de 2.503 luzes, que pesam mais de 300 toneladas. Os voluntários e artistas utilizaram 4.934 trajes, que foram apresentados em 13 estilos diferentes.

  

                                                                                               Delegação do Brasil em Pequim

image O tricampeão paraolímpico de judô, Antônio Tenório, foi o responsável por carregar a bandeira do Brasil durante a abertura dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, realizada na manhã deste sábado, no Estádio Nacional da China, conhecido como Ninho de Pássaro.

Tenório venceu três vezes na classe B1 (cego total), categoria até 100kg. Em 2008, o judoca consagrou-se campeão paulista meio-pesado no judô convencional, conquistando um feito inédito.

A delegação brasileira é a quarta maior do evento, com 188 atletas e foi uma das mais animadas, esbanjando simpatia na cerimônia de abertura da Paraolimpíada, que contou com a presença de mais de quatro mil atletas, de 147 países e regiões.

Esta será a maior equipe brasileira em uma Paraolimpíada. Divididos em 17 esportes, dos 20 que fazem parte do quadro dos Jogos, as maiores promessas do Brasil no atletismo são André Oliveira, ouro nos 200m e prata nos 100m em Atenas-2004, além de Lucas Prado, atual recordista mundial.

Na natação, o destaque é Clodoaldo Silva, que conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata, além de bater quatro recordes mundiais nos Jogos de Atenas.

O brasileiro foi prejudicado recentemente pela decisão do congresso técnico dos Jogos Paraolímpicos, que afirmou que o nadador terá que disputar as mesmas sete provas em que estava inscrito na classe S4, se quiser manter vivo o sonho do ouro nos dois revezamentos brasileiros, o 4x50 m livre e 4x50 m medley.

 Show de abertura - paraolimpiadas 2008

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Além do show pirotécnico e das belas coreografias exibidas durante a abertura dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, realizada na manhã deste sábado, uma chinesa de 11 anos, vítima do recente terremoto ocorrido na China, roubou a cena e emocionou os presentes no Estádio Ninho de Pássaro.

Apresentando um número de ballet, Li Yue evoluiu de forma encantadora em cima de uma cadeira de rodas, arrancando aplausos da platéia. Com uma sapatilha vermelha no pé direito, a chinesinha encantou os espectadores, ao demonstrar superação após a tragédia ocorrida no mês de maio, quando perdeu a perna esquerda no acidente.

Ao exibir-se para mais de 90 mil espectadores, Li Yue desenvolveu gestos elegantes e movimentos suaves com as mãos e a ponta do pé, acompanhada por mais de cem dançarinos, que formaram círculos ao redor da jovem, usando as mãos para "dançar" no chão.

Li foi a única sobrevivente de sua sala de aula, após a escola ser devastada durante o terremoto ocorrido no dia 12 de maio, que deixou mais de 80 mil pessoas mortas ou desaparecidas.

O diretor-executivo da cerimônia, Zhang Jigang, disse que o convite para que a jovem participasse da Cerimônia de Abertura foi feito após tomarem conhecimento de sua história, que comoveu a organização dos Jogos.

"Esperamos ter realizado o sonho dela, além de ter oferecerido suporte e carinho a pessoas vítimas das áreas devastadas", disse Jizang.

Com informações da Agência Xinhua.

 

Governo chines paga incentivo aos torcedores

O governo da China dará incentivos às pessoas que comparecerem aos estádios para prestigiar os atletas paraolímpicos. Dentre os benefícios, estão alimentação, 30 yuanes (cerca de três euros), camisetas, bonés de beisebol e garrafas d'água.

Na cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, o presidente da China, Hu Jintao, afirmou antes do evento que o governo estava dedicado a melhorar a vida dos 83 milhões de cidadãos mais pobres do país.

"Nos posicionamos pela igualdade, nos opomos à discriminação, nos preocupamos com os vulneráveis e respeitamos os direitos humanos", afirmou o dirigente.

Enquanto a China recebe alguns aplausos por seus esforços para acabar com os estigmas que cercam as deficiências físicas, como melhoras para a acessibilidade em Pequim, com elevadores no metrô, por exemplo, grupos de direitos humanos afirmam que o quadro geral não é dos melhores.

Entre os principais problemas, está o assédio a alguns ativistas, afirmou a organização Human Rights Watch.

"Até que o governo chinês tolere que a sociedade civil opere sem ameaças de uma repressão oficial e melhore o acesso dos cidadãos à justiça, seu compromisso no papel com as pessas não-capacitadas será limitado", afirmou Sophie Richardson, diretora do grupo na Ásia.

Dorta

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